quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Fingindo...

Fingindo...

Finjo que não te vejo, finjo não te amar
Fingindo levo a vida, tentando me enganar
P’ra saciar minha sede, meu desejo, de querer
Eu morro à mingua de sede, sem tua água beber

Fingindo, fujo à verdade, e ao amor que te dedico
Dissimulo, aparentando não querer ao que abdico
E de tanto fingir chego a pensar que te esqueci
No letargo sonho que sem ti, nesta vida vivi

Como é triste fingir, quando se finge até de si
Mas o mais triste é conter o desejado querer
Que a vida inteira cobiça o amor que está em ti

Se a inocência predomina no fingimento do amor
É qual poesia sem rima, triste forma de viver
Fingindo, engano a vida, qual roseira sem flor.

São Paulo, 31/05/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 
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