quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Passe ao lado

Passe ao lado

Caminhava lentamente cabisbaixo
Pensando ser o maior desventurado
Quando ouço um murmúrio muito baixo
Dizendo: não me pise, passe ao lado

Olhei aquela criatura, se arrastava
Sem pés, sem mãos, era toda deformada
Todavia, sua fisionomia não mostrava
Sofrimento, em sua face iluminada

Voltei a repensar meu comportamento
- Rendi graças ao imortal criador
E, a partir daquela hora, daquele momento

Vi que não era da vida um enjeitado
Porque olhando para trás, sempre há pior
Por mais que o coração pareça magoado !

São Paulo, 18/05/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Direitos autorais registrados
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