domingo, 30 de abril de 2023

Afastado do céu

Afastado do céu

 

Cheio de angústia e indignação ,

Foi quando compreendi o erro meu

De um Ser, não chegado à perfeição

Sempre afastado do bendito céu

 

Tinha ávidos impulsos de egoísmo

Cometi contra os céus tremendo engano

Senhor meu Deus, tirai-me deste egotismo

Da soberba, da empáfia. Eu sou humano !

 

Estirpe torpe da vil humanidade

Que em sonhos, e imorais banalidades

Se perde o caráter da humildade,

 

Iniquidades que na alma absorvem

O amor, a calma, e o infinito prazer

Corrompendo a fé, e a fidúcia sorvem !

 

30/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quinta-feira, 27 de abril de 2023

AMIGO - III

AMIGO  - III

 

Quem tem um amigo, um anjo tem

Que o socorrerá nas horas de aflição

Nunca sofrerá de solidão, pois obtém

O amparo necessário à sua inanição

 

Quando a angústia eivar seu coração

Achará no amigo um porto de abrigo

Capaz de afastá-lo da dor e aflição,

De sua inquietude e do perigo

 

Um amigo é um irmão certamente

Que se esforça em manter a harmonia

Sem agregar intenções subjacentes

 

Além da amizade, da paz e da alegria

Que nasceu, cresceu e é consistente

Na afeição pura, serena, sem fantasia !

 

26/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quarta-feira, 19 de abril de 2023

Nas areias da praia

Nas areias da praia

 

Mansa, mansamente caminhava

À noite, pelas areias da praia

E nas águas do mar, ela lavava

Seus pés, na suavidade qu’a onda ensaia   

 

Espraiando-se na areia lentamente,

Na brandura da suavidade do mar

Sob o luar prateado da noite quente

Na praia deserta, d’onda singular

 

A cada passada nas águas pensava

No amor, que um dia dali partiu  

Atravessando o mar e não voltava

 

Nunca mais, nunca mais ela o viu

E em seu coração e mente carregava

Todo amor, que na vida, por ele sentiu !

 

19/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

 

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quinta-feira, 13 de abril de 2023

Proscênio

Proscênio

 

Tateando ruas estreitas e becos

Perdido amor, em vão te procuro,

Como cega minha alma, qual treco

Perdida na solidão, e no escuro

 

Triste, ao abandono relegada

Procura-te neste mundo sem fim.

Qual ave sem guarida na madrugada

Buscando seu abrigo num jardim,

 

Fugindo da húmida tempestade

Busca refúgio, amparo e proteção

Como eu, em busca do teu coração,

 

Baldados meus esforços na procura

Não te encontro, e nesta condição,

Dispara minha imensa aflição !

 

São Paulo, 13/04/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Leniência

Leniência

 

Empenhado em esperança, irredutível

Sua alma transmutada pelo amor

Endurecido de sofrer, será plausível

Sentimentos íntimos na imensa dor

 

Harmonizam-se a moral e o intelectual

No mais profundo e excessivo carinho

Que fazem o homem crescer no astral

Tão vasta, como a fulgor do arminho

 

Na ambivalência de seus pensamentos

E ante a incoerência de suas condutas

Exaurido de tamanhos e vis tormentos

 

Encarecidamente cheio de modesta

Pediu a seu amor compaixão absoluta

Como numa prece, sincera e honesta !

 

São Paulo, 12/04/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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segunda-feira, 10 de abril de 2023

Indiferente (soneto)

Indiferente (soneto)


Indiferente ao amor caminhava

Carregando alegrias e tristezas

E nas torpezas da vida levava,

Um após outro, dias de incertezas

 

À cova do olvido dirigidos

Dissabores, também as alegrias

Os sonhos outrora pretendidos

Morrem no abstrato d’alegorias

 

Assim vão sumindo as fantasias

E a esperança de dias melhores

Morre, só não morrem dissabores

 

Cansado das ilusões e alegorias

E em busca de dias melhores,

Volveu pra Deus, seus primores !

 

10/04/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Putrefez-se,

Putrefez-se,

 

Seus pensamentos apodreceram,

Restam apenas alguns lamentos

Que na verdade, já se perderam

Na saudade dos bons momentos.

 

Assim, silencioso e taciturno

Caminha na vida co’a saudade

Dos tempos que não era soturno,

E era alegria a sua mocidade.

 

Os vis agrores que imaturo sofreu

Lançaram no breu da noite escura

A esperança, e a fé, se derreteu

 

Sepultando a sua imensa idéia

Volvendo ao nada, sua figura.

Foi morar novamente n’aldeia !

 

10/04/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Último extremo

Último extremo

 

Esta solidão corta-lhe a alma,

Ante seu silêncio taciturno

Sua melancolia não acalma

Vive triste, desolado, soturno

 

Ante sua profunda saudade

Vive confuso, atrapalhado

E ela, na ridícula fatuidade

O deixa, mais e mais irresignado

 

O tenebroso torpor só altera

Inclemente seu pobre coração

É veneno mortal que se apodera

 

Como bravos vagalhões no mar,

A vibrar agitado d’aflição

Qu’em seu peito mora a flutuar !

 

09/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Múltiplas fantasias (soneto)

Múltiplas fantasias (soneto)

 

Meu pensamento de múltiplas fantasias

É constantemente cingido e envolvido

Nas mais exóticas e variadas alegorias

De apotegmas por vezes desprovido

 

De profunda serenidade e placidez

E eu escrevo; não escrever é cobardia

Se me apavora o coração na lucidez,

Num axioma afogo o pusilânime

 

Para na quietude da alma fremir

Os dissabores e também as alegrias

No indiferente esplendor a refletir

 

O murmúrio do poema a difundir

O pensamento de tantas alegorias

Já prestes a vir à luz, e eclodir !

 

02/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quarta-feira, 5 de abril de 2023

Roga a Deus

Roga a Deus

 

Quando, perante nós, nada mais fores

Nos páramos celestiais encontres vida,

Ante a esquálida matéria, já perdida,

Na disforme caveira, mil horrores

 

Já seca e carcomida pelos vermes

Destruído o feito, reduzido a nada

Às trevas do abismo apresentada   

Condensada tua alma está inerme

 

Só à sombra dos sentidos podemos

No juízo final. Rogar prece a Deus

Pra nos livrar do enxofre abrasador

 

Inferno, fatal aflição qu’não queremos

Mágoa sem fim, de um eterno adeus.

Por isso em vida, rende amor ao Criador !

 

05/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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domingo, 2 de abril de 2023

Múltiplas fantasias (soneto)

Múltiplas fantasias (soneto)

 

Meu pensamento de múltiplas fantasias

É constantemente cingido e envolvido

Nas mais exóticas e variadas alegorias

De apotegmas por vezes desprovido

 

De profunda serenidade e placidez

E eu escrevo; não escrever é cobardia

Se me apavora o coração na lucidez,

Num axioma afogo o pusilânime

 

Para na quietude da alma fremir

Os dissabores e também as alegrias

No indiferente esplendor a refletir

 

O murmúrio do poema a difundir

O pensamento de tantas alegorias

Já prestes a vir à luz, e eclodir !

 

02/04/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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