sábado, 30 de janeiro de 2016

Mundo de insatisfeitos

Mundo de insatisfeitos


Um mundo de insatisfeitos nos limita
Uns p’la falta de sorte que o destino dita,
Outros, pelo quinhão nefasto ou benfazejo,
Quando a ganância, supera o seu almejo.

O pobre, por ser pobre, pouco planeja,
O rico, a totalidade, ele deseja !
O ser humano; essas quimeras sustenta,
Onde pobre e rico delas se alimenta,

O rico com o ouro, fica encantado
O pobre na cachaça, leva enganado
O destino perverso, mágico, tirano,

Insaciáveis desejos alimentam
A mente humana na qual se sustenta ,
A ilusão do pobre, do rico, do cigano !


Porangaba, 30/01/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Delida a alma (droga)

Delida a alma  (droga)


Delida a alma, extinta a luz do siso
O estado em que se encontra é deprimente
Semblante intranqüilo e sem sorriso
Um corpo jovem degenerescente
/
O consciente é enleado pelo inconsciente
O que seria uma aventura gerou tortura,
Anda na vida alquebrado fisicamente
A droga ... o está levando à sepultura !

Dilapidado da honra da comiseração
Caminha alucinado pelo vício
Pagando alto preço dessa ilusão

Frustrado e derrotado pelo mal maligno
Vive hoje no tablado do precipício,
Ao afastar-se de Deus, do caminha digno !

Porangaba, 30/01/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Amor, sem desencanto

Amor, sem desencanto

Espargia encantos de beleza pura
Sua fragrância inebriava o caminho
Ao passar na rua, aquela criatura
Seduzia pelo encanto e seu carinho

Flor que em meu coração pousou,
Foi o virtual amor de minha vida
Inóxia fatuidade que não cessou,
De fiel sentinela, sem guarida

Absorto em sua beleza me prendi
Pra sempre em ilusória esperança
E em sua ardileza me envolvi.

Ambiciosa, altiva, essa donzela
Cerceou de mim toda confiança.
Mas o pior... é que ainda gosto dela !

São Paulo, 24/01/2016
Armando A. C. Garcia 


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sábado, 23 de janeiro de 2016

As esperanças incertas

As esperanças incertas


As esperanças incertas de progresso 
Foram todas frustradas no desamor
O avanço, foi sempre um retrocesso
Caminhando de mal, sempre a pior

Nas auras de bonança aprendi,
A resignado suportar tormentas
Se o remédio salutar está em ti,
De nada serve, perto dos oitenta,

Minha alma tem sido aguilhoada
Meu coração, pela dor espicaçado
A existência, não foi abençoada

Piorando na trajetória sem esperança
Do fingido brio, envergonhado
Da perjura de tua inverossimilhança !

Porangaba, 23/01/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Corro atrás da felicidade

Corro atrás da felicidade


Corro atrás da felicidade, esta não vem
Alonga-se de ano a ano a esperança
Encurta-se a perspectiva que não tem,
Quem já ao fim da caminhada avança

Não quero render-me à evidência
De não ter conseguido o seu amor
Porque na vida o amor é a essência
E sem ele, a vida não tem valor.

Vida avançada é sinal de naufrágio  
Despojos do meu passado que encerra
No âmago a perdição deste presságio

Mal fundadas esperanças nesta terra
Alongaram o sonho de primavera,
De quem morto estava, quando nascera !

 São Paulo, 20/01/2016
Armando A. C. Garcia 


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Perdido nas ilusões do passado,

Perdido nas ilusões do passado,



Perdido nas ilusões do passado,
Não vislumbro futuro promissor
Agora, sinto-me velho e afadigado
Pra flutuar nas ilusões do amor

Que soluçam nas entranhas do ser
Já vencidas até à exaustão,
Resta apenas no acervo o viver
Deste pobre e caduco ancião

Consumidas as forças musculares
Na última expressão subliminal,
Em que pesem as cruzes dos altares,

Com elas sucumbe a crença e o sonho,
Não sucumbe o sonho em Portugal
Fantasia à qual me anteponho !

São Paulo, 20/01/2016
Armando A. C. Garcia 


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terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Por ti, (soneto quádruplo)

Por ti, (soneto quádruplo)


Por ti, só por ti, sofri amarguras
Mil atrocidades, desventuras
Por ti, só por ti, aguentei a dor,
Tão grande era, e foi o meu amor

Se lá do alto, nas penas da discórdia
Deus não teve por mim misericórdia
Ao menos as musas, com mais concórdia
Acompanharam minha trajetória

O amor primeiro, justo, verdadeiro
Sem pejo nem brio, no atoleiro
Tu jogaste, sem ao menos tê-lo

Amparado na dor alucinante
Que me rasgou a alma e o semblante
Pra hoje em ti, tornar-se pesadelo

II

Talvez seja alucinação minha
O amor que meu coração continha
Talvez seja o amargor da derrota
Da simbiose aurícula e marota

Talvez seja um lampejo de loucura
Num coração partido, impostura
Talvez seja, o querer que não se almeja
Ou o fútil desejo por quem seja

Talvez seja, a dor do sofrimento
Inútil que por ti, sem alento
Passei, sem nenhum merecimento

Com outro te encontrei, e o lamento
Da dor que gerou teu casamento
E até hoje envolve meu pensamento !

III

Amargura, dor e sofrimento
Foi tudo que me trouxe teu amor
Pra quem esperava nele o alimento
Encontrou, foi o calvário da dor

E se desse martírio consentido
Nenhuma outra coisa sobreveio
Não me considero arrependido
Da ilusão do amor que foi meu esteio

Na imensidão descomedida da dor
Tu, sempre foste meu grande amor
E peço a Deus que lá das alturas

Te dê alento nas sepulturas
Ao partires deste mundo,com pesar
Por teres-me trocado, sem pensar !

IV

Um castelo de areia em minha mente
Criei com sonhos vãos de teu amor
Ao invés de pensar naturalmente
Deixei-me levar nas ondas, ao sabor

A vida, é a ilusão dos iludidos
Quimera panaceia de ilusões
De amores não correspondidos
Castelo de areia de paixões

Onde fenecem esperanças de amor
E os grilhões da inveja e da cobiça
Trescalam, tangenciando a dor

Que o infortúnio às vezes quer impor
Ao destino anêmico que atiça
Tal chaga que se alastra ao redor !

São Paulo, 19/01/2016 às 0,3 hs. (data da criação)
Armando A. C. Garcia



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quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Fugindo,

Fugindo,


Fugindo, fugi da vida
Fugindo, fugi de mim
Fugindo, nesta fugida,
Fugi do princípio ao fim

Fugindo, fugi de ti
Fugindo, nada encontrei,
E ao fugir aprendi...
Que fugi de quem amei !

Fugindo, porque eu fugi
Na verdade nem o sei
E ao ficar longe de ti
Outro amor, não encontrei.

Ao fugir da porta da vida
Mil caminhos eu trilhei
Porém, não encontrei guarida,
Como do amor que deixei

Ao fugir das contracenas,
Fugi dos braços que amei.
Hoje decrépito, fujo apenas
Das recordações que deixei

Já tenho os pés sangrando
De tanto fugir de ti,
Quando disse: não te quero
Até pra mim, eu menti !

São Paulo, 06/01/2016 
Armando A. C. Garcia 

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