quinta-feira, 24 de março de 2016

O que ouço !...

O que ouço !...


Ah! Será o vento alísio a soprar,
Isto que ouço, aqui neste morro
Ou será a seriema a cantar,
Ou o surdo ronco do cachorro

Quem sabe os sinos da cidade
Talvez o cântico do uirapuru,
O grito de alguma divindade
Ou o ranger das toras de bambu

O que será que eu ouço, compadre !
- O tanger dos sinos da cidade
Na chamada à missa pelo padre,

O suave cântico do uirapuru
O ranger das varas de bambu...
Ou é, o grito duma divindade?

São Paulo, 22/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. 
Garcia
                                                                                                        
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quinta-feira, 17 de março de 2016

A jararaca

A jararaca


A jararaca serpenteando, foi atingida
Na cabeça triangular cheia de presas
Do cenário, finalmente foi varrida
E nem se diga que foi pega de surpresa,

Como a cauda dos cometas, cambaleando
Silenciosamente chegou ao fundo do abismo
E no escuro, ela fica tateando
E de nada lhe valeu o seu sofismo.

As grandes luzes do silêncio acenderam,
A jararaca é de fato encurralada
Nem seu veneno nem presas lhe valeram,

Para escapar do cajado da paulada
Porque nela choveu forte dos que puderam,
Acertar na sua cabeça a cajatada  !


São Paulo, 17/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia         
                                              
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quarta-feira, 16 de março de 2016

A sonda da alma

A sonda da alma

A sonda da alma é o instinto
O núcleo espontâneo, o coração
O pressentimento, é um labirinto
Ante o presságio da intuição

O tempo, é um mistério no futuro
Aonde o sol respira aliviado.
A lua, é um descanso no escuro
A dor, um sofrimento amargurado

O amor, é um sentimento de desejo
O beijo, instrumento de sedução
A beleza, uma qualidade de cotejo

A vida, é a base de um fundamento.
Período da existência em execução,
E por derradeiro... sem movimento !


São Paulo, 16/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia         
                                              
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O SER, livre !


 O SER, livre !


*Ser livre, não é aquele persistente ao risco
Soçobrando das ondas do sangue e da morte
Ser livre, é aquele que caminha para o **aprisco
Em raios noturnos sem perigo da sorte

É não ter de tentar escapar das pedras
É viver como criança cheia de esperança
Ser livre, é puder ver que o crime não medra
E que o amor entre os homens avança

Ser livre , é rejeitar a barbárie e a tirania
É ver os encantos da vida renovados
Tratar o semelhante com fidalguia

Ser livre, é ter sede de vida  e de amor
Ressuscitar das cinzas o coração queimado
E voar nas nuvens, como um condor !

São Paulo, 16/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia         
                                              
*a pessoa
                                                                       ** fig. casa
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terça-feira, 15 de março de 2016

A chave dos sonhos

A chave dos sonhos


Tarde da noite caminhava sozinho
Em lindo e majestoso jardim de sonhos
Sem atropelar as rosas ou o cravinho
Pensando em coisas sublimes, suponho

E lá, a chave dos sonhos, procurava
Infelizmente, eu não a encontrei
Talvez na memória derrotada se achava,
Este, o único lugar que não procurei !

Alguém,  por favor, onde está a chave ?
Preciso encontrá-la para ser feliz,
Quem sabe, ela esteja numa clave

De uma alegre canção de amor,
Ou na delicada e suave matiz
De uma tela que retrata o alvor.


São Paulo, 15/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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domingo, 13 de março de 2016

Do primeiro amor... (soneto duplo)

Do primeiro amor... (soneto duplo)



Do primeiro amor, ninguém esquece
É sentimento que na vida inteira cresce
Na alma que ama, o coração floresce
Sentimento intenso que não perece

É esse amor eterno, verdadeiro
Que a alma alimenta no braseiro
Mantendo na memória do primeiro
Condição dum digno cavalheiro

E este sentimento é tão profundo
Que em qualquer lugar deste mundo
O primeiro amor é o mais fecundo

Feliz daquele que recebe a benção
Sacramental da eterna união,
Sentimental desejo do coração !


II

Todavia, por certos contratempos
Outros, tão divergentes da vontade
Não que seja por meros passatempos
Perde-se o amor primeiro, vem saudade

Esta infinda, trazendo a nostalgia,
Preso à memória o desejo aceso,
Querendo o primeiro amor a cada dia
Como se pudesse voltar ao que é defeso

Tristeza, dor e sofrimentos mil
Ao sentir no peito amor intenso
Sem puder ser ao grande amor servil

É o amor que a alma não esquece,
Nem o coração o deixa suspenso
Passa a vida inteira e não perece !

Porangaba, 13/03/2016 (data da criação) 
Armando A. C. Garcia
 

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segunda-feira, 7 de março de 2016

O Rochedo

O Rochedo



Bate o mar enfurecido no rochedo
Em espuma se transforma sua ira
O seu poder feroz nos causa medo,
Mas calma à tempestuosidade, afluíra

Eis que o mar serenou e na calmaria
Impávido lá permanece o duro rochedo,
Como que se desafiador à oceânia
Assoladora na imensidão do medo

Senhor dos mundos interplanetários
VÓS, que lá dos espaços siderais
Comandais rios, mares e catedrais

Olhai os que têm a síndrome do medo
E fazei seus corações ficar iguais
À fortaleza dura do rochedo !


Porangaba, 07/03/2016 (data da criação) 
Armando A. C. Garcia
 

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sábado, 5 de março de 2016

Alétheia

Alétheia

Em busca da verdade, levantei bandeiras
Busquei e revirei até o impossível
Percorri a pé todas as fronteiras
Na árdua busca do incognoscível

Espinhoso caminho que trilhei
Nas matas, florestas e serranias
Mas nada do incognoscível achei;    
E as verdades, viraram fantasias

Esgotei esperanças no elementar desejo
O vento do sentir não me conduziu
Ao paralelo do eventual cotejo,
                                                            
E a árdua busca do conhecimento
Da verdade que tanto almejei saber
Perdeu-se; num insólito momento !

Porangaba, 05/03/2016  (data da criação)
Armando A. C. Garcia 


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