quarta-feira, 7 de outubro de 2015

O Preto Velho

O Preto Velho 

Ele estava ali à sua porta sentado 
Num rústico banco de madeira 
Imóvel, vendo o povo atarefado 
E, assim, passava a tarde soalheira 

Sua idade nem ele mesmo sabia 
Era negro, não porque ele queria 
Viera da África, não sabe o dia 
Tinha recebido sua alforria 

Imóvel qual estátua se sentava 
À porta do casebre onde vivia 
Ninguém sabe até hoje o que pensava 

Nem tampouco o que mais ele fazia 
Só, todo o mundo o via a cismar... 
Talvez de saudade, do país além mar ! 

São Paulo, 26/04/2005 (data da criação)
Armando A C. Garcia 

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