quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Sonetos de amor ! (soneto duplo)

Sonetos de amor !
               (soneto duplo)

De mil e uma saudades que senti,
A tua, foi a última que restou
No meu peito, aninhada a consenti,
Em razão do amor, que não secou

E agora, que a dor da mágoa passou
Imagino teu amor em pensamento
Desvarios que meus versos levou
Neste claro e inútil tormento

A pena a que o amor se reduziu
De meus erros, derradeiro castigo
Mostrou o que o destino consentiu

À vista da dor e do sofrimento
Onde o futuro, certamente contigo
Dar-me-ia eterno contentamento

II

Fado de nossas vidas desigual
Ao que projetam as aspirações
É tão clara esta verdade, este mal
Que diverge da vontade e ações

Estas, nem sempre com a harmonia
Que liga nossa vontade à conjetura
Mesmo querendo mudá-la, não podia
Em razão do que dita a desventura

Vontades tão diferentes a natura
Nos impõe, no curso de nossa vida
Está claro, que esse mal não tem cura

E que melhor remédio, não mereço
Senão chorar a amarga despedida
Por tão vil engano, paguei o preço !

Porangaba, 18/07/2015 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
 
 Direitos autorais registrados
Mantenha a autoria do poema


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