quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Pés com pés ...

Pés com pés ... 

Imaginei, com minha fraca e pouca inspiração 
Adormecer e em teus seios acordar ridente 
Sentir o calor de teu corpo suave e quente 
Pulsando em uníssono junto ao teu meu coração 

Tentei deter o sonho, quebrar os passos, poder sonhar 
Mas essa exaltação tão linda, pena, não foi infinda 
Ao acordar, fui prantear a amargura que sinto ainda 
Dessa miragem, do teu carinho, meu repousar 

Coisa tão linda, suaves beijos, tão delicados 
Que sinto ainda, lábio colados, lábios molhados 
Cheios de mimos, cheios de amor, suor, suor 

Dessa atonia, desse torpor, ainda sinto o amor 
Doce deleite, meigo carinho, dos pés com pés 
Para acordar só, sonho desfeito... mais uma vez ! 

São Paulo, 28/11/2004 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

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