quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

O mar altivo e forte

O mar altivo e forte


O mar azul, por sua grandiosidade
Neste planeta de lendária sapiência
É um marco, é quase uma majestade
Representando 2/3 desta circunferência

Esse mar azul, de segredos mil
Tem na imensidão o altivo porte
Sua cor d’água, ganha a cor de anil
Como pedra bruta, é rude e forte

O mesmo mar que esbraveja, chora
Chora de tristeza, chora de saudade
E acalmar suas ondas, a Deus implora

Pois quando os marouços encapelados
Se agigantam agitados na crueldade
O mar, geme e chora os seus pecados !

São Paulo, 22/12/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Alhures !

Alhures !


Com a alma e o pensamento *alhures
Desvairado e absorto, olhei teu retrato
Na esperança de divisar **algures
Teu olhar, até então abstrato.

Nada vi, nesse vulcão sem controle
A não ser uma chama que arde só,
Não há cinzas, e onde passa demole
Na superfície, aniquilando sem dó.

E nessa queda sem tombar, caindo,
No teu retrato entalhado na moldura
Busco tornar real meu ***desiderato !

E nesse ****impérvio cismar, mentindo,
Parece ver o esboço de tua figura
Inflectir-se, dando vida a tal retrato !   
                                  *noutra parte
                                                                              **em algum lugar
                                                                              ***aspiração
                                                                              ****impenetrável
São Paulo, 18/12/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
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Naturalmente,

Naturalmente,


Naturalmente, sonhando acordado
Controlando desejo e emoção
Verdade ou mentira, que importa então,
Se este meu sonho vir concretizado.

Luz candente que ilumina o coração
Velejando além do horizonte
Em alto mar, sereno qual uma fonte
À luz tênue do luar, tua afeição...

É o romantismo a se revelar
Fenômeno buscando a essência do amor
Buscando nas rimas naturalmente

A expressão *poliantéia a navegar
Nas ideias deste bardo sem valor
Que sonha acordado, certamente !
                               *miscelânia

São Paulo, 12/12/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Mão do destino

Mão do destino


Nas sombras da tristeza; mão do destino
Entre os sonhos da ilusão e fantasia,
À ciência e ao valor a testa inclino,
E não é, por penhor da *axiologia.

Quando por marés inóspitas vagando
Ao sabor das ondas, ao sabor dos ventos
Sinto-me um peregrino caminhando,
Desprovido de todos os elementos.

Mas existe! Um bem maior, versus a sorte
Que promete refúgio, a quem agoura a morte
E inspira confiança ao ledo sofrimento.

Não imploro tal dano à minha sorte
Porém, não quero desforço nem passaporte,
Mas afastar falsas idéias do pensamento !
                                       *teoria dos conceitos de valores morais
São Paulo, 07/12/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Metamorfose

Metamorfose


O velhinho, naquela *hipocondria
Passava a noite, e surgia o dia
Naquela melancolia e depressão
Que tomara conta de seu coração

Já não tinha a lucidez de outrora,
E nem mesmo a avassaladora
Clareza da perceptibilidade,
E tudo, em razão de tanta idade,

E foi nessa amargura infinda
Quando os dias transcorriam, ainda
Lentamente que o velhinho chorou !...

P’la saudade dos tempos que passou   
Longe da amada, do amor que acreditou
Por mais qu’ingrata, dela inda prescindia.

*tristeza profunda
São Paulo, 04/12/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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