Tu foste a rainha !... (soneto)

Tu foste a rainha !... (soneto)

 

Tu foste a rainha de meus sonhos

E como sempre eu te perdi. Eu sei.

Fui muito inábil, ou talvez bisonho

Na vida inteira te amei e perdi...

 

Chorei lágrimas de imensa dor

Aceitei injurias, não disse nada.

Tudo suportei pelo teu amor

Minha alma permaneceu calada.

 

Mas sempre amor, pensando em ti

Te amei, adorada idolatrada,

Imenso este amor qu’em ti senti !

 

Talvez no além a gente se encontre,

No mundo espiritual, não seja igual

E o amor, possa então sobreviver !

 

30/10/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Os pesos ! (soneto)

Os pesos ! (soneto)

 

Os pesos, que pesam em toda a parte,

Igualmente, também, pesam sobre mim

E esse sentir, faz parte da minha arte...

Neste belo, espetacular mundo sem fim !

 

Os pesos só são pesados, para almas

De anseios e sentimentos sem grandezas,

Mutilar anseios, é mutilar as almas,

É arrastar o Ser humano às profundezas.

 

Devemos suportar os pesos e consequências

Saber aguentar os pesos, nossas referências,

- Suporta o corpo cansado dia, após dia

 

Acalentando a alma dos abismos da terra...

Espargindo esperança, a tudo que encerra

O amor de Deus, que aponta a estrela guia !

 

28/10/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

 

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Só Desejos !

Só Desejos !

 

No desejo, vive enganando seu coração     

Seu desejo... o desejado não é a solidão !

Vive de esperanças, mal sabe o que deseja

Emudece seu pensamento, sem que veja

 

O afeto puro de uma linda e bela dama...

Seu desejo, é fruto da excessiva chama,

É como uma utopia o seu imenso desejo

Mil dias... ele daria por um só beijo !

 

Daquela formosa mulher, seu cotejo

Que na imaginação ináctil do desejo

Nasce outro maior desejo... que não digo

 

Assim, do desejo, desejado daquela mulher,                                                                 

Queima na paixão, que só ela pode esvaecer...

Num forte beijo e abraço... nesse mendigo!

 

25/10/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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A Poesia é obra pura !... (soneto)

A Poesia é obra pura !... (soneto)

 

A Poesia é obra pura, contrário

Ao artificial. Tem alento e verdade

É sóbria, tem candura, e é sacrário,  

Sublime arte, que nos tira da soledade !

 

Tem força, estilo, feitio, jeito e tom

Graça e elegância que seduz o leitor,

Sua simplicidade, é de Deus um dom;

Não se produz, sem as musas e o amor !

 

Supremo pensamento exteriorizando

A ligação viva; e com a arte se construa

O poema de estrutura livre e o enredo,

 

Como um templo consagrado dos áugures,

Divindade inspiradora. É a charrua

Que rasga em cada sulco, mistério e segredo !...

 

São Paulo, 14/10/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Quando a tristeza !...

Quando a tristeza !...

 

Quando a tristeza tua alma invade,

Não há nada no mundo que a apague.

O Ser, não crê em nada, face à mágoa

Que lhe assiste; não carece só de água.

 

O consolo ao sofrimento não existe,

Nem que queira redimir, ela persiste,

E quanto mais aumenta seu desejo

Mais afunda a tristeza em seu almejo.

 

Sofre e não sabe o porquê da tristeza.

Tristeza profunda de imensa vileza

Infinda mágoa que em seu peito arde !

 

E transforma o homem em parasita.

Mal sabe, o real mundo que habita...

Em razão dessa mágoa que alarde !

 

São Paulo, 13/10/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Nas nuances da vida ! (soneto)

Nas nuances da vida ! (soneto)

 

Triste é saber que um amor foi perdido...

Mais triste é viver, com a dor do mal sofrido.

Nas nuances da vida, não se sobreponha o mal

Porque o bem, é o estímulo sensorial

 

Não deixes o coração entre sombras dolorido

Mesmo nas horas duvidosas, não fiques contraído

Reacende-lhe as esperanças, dá-lhe confiança

Pois só consegue o que deseja, quem avança  !

 

Avançar na fé, na doçura infinda do amor

Não vivas de tímidos lampejos, nem de fantasias

Curte a vida, dá-lhe sempre o bom e o melhor

 

Acolhe e hospeda teu coração com alegrias

Jogando fora todas as anomalias,

Sentirás em teu peito, o grande amor !

 

09/10/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Antiga desventura !!! (soneto)

Antiga desventura !!! (soneto)

 

Antiga desventura já passou,

E todo mal sofrido terminou,

Ladeado da ruína em minha vida

Sofrimento, pela mulher querida !

 

Passei dias d’aflição e amargura

Pensei na matéria fria à sepultura ...

Mas Deus, orientou os meus caminhos

Dissipando das trevas os espinhos !

 

Rever mesmo em sonho a escura

Senda nublada, pavorosa agrura

É voltar novamente ao sofrimento,

 

Cingindo os pesadelos de outrora,

Que tu, ó mulher, p’lo mal sofrido; agora,

Nublada estás, no mesmo desalento !

 

09/10/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Sempre !!! (soneto)

Sempre  !!!  (soneto)

 

Reacendendo os meus ávidos desejos,

Esta ânsia, me consome e predomina,

E à sonhada ventura, dá ensejos

A buscar no éter sublime a cristalina

 

Que sempre reflete teu brilho ardente

E igual a ti, outra não se assemelha,

À visão radiosa sempre permanente

Onde tua alma, no mar se espelha !

 

Esperança que nos olhos sempre fica...

Foste a catedral imensa de meu sonho

Onde meus olhos, descansando ponho

 

Sonho dos meus sonhos, na estrada eterna...

És imortal essência, pura, ardente

Onde sem ti, passei vida descontente !...

 

08/10/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Amigo verdadeiro !

Amigo verdadeiro !

 

O verdadeiro amigo, respeita entes

A crença e as opiniões políticas, várias...

Do outro, mesma que sejam divergentes

Das suas próprias convicções partidárias, 

 

Mesmo que sua conjectura lhe pareça

A demonstração de um pensamento real,

É julgamento, que nem sempre é legal

E não deixa, que a sua alma floresça

 

Crer na verdade, ou na sua possibilidade

É sempre uma probabilidade, ou acaso

Causa que faz supor, sua razão dar azo.

 

O verdadeiro amigo, não se intromete

No pensamento religioso, ou político

Do outro, sem que isso, lhe seja crítico !

 

04/10/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Àquele que na vida venceu a morte (soneto)

Àquele que na vida venceu a morte (soneto)

 

Àquele que na vida venceu a morte

E na sombra dela encontrou a vida

Assim um dia, foi renascer tão forte

Que espelha-se feliz, na outra vida

 

Sem espinhos, barulho ou algazarra

Daqueles que o molestaram no caminho

Qual joguete, ludíbrio, tamanha farra, 

Sorveu no mundo a taça do pelourinho 

 

E da amargura, Ele venceu a morte

Deixando um legado à posteridade

De paz e amor, que hoje, é o nosso norte

 

Da morada celeste d’amplidão Divina

A sua cruz, hoje socorre e redime

Iluminada escola, que nos ensina !

 

28/04/ 2022 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Nossos pés (soneto)

Nossos pés (soneto)

 

Do corpo nossos pés, são o sustentáculo

Sobre eles, o peso das alegrias e da dor,

São eles que movimentam o espetáculo

De nossa vida, quer no trabalho ou no amor

 

Ao som da música, movimentam-se na dança

Em série cadenciada de gestos e passos,

Eles são a escora e o suporte que avança

Quer no amor, na alegria, ou no fracasso

 

Deia mais estima aos pés que te sustentam

Na paz ou na guerra, de te mover são capaz

Na bravura ou na luta, são imagem absoluta

 

Vejo pés delicados, outros pisando o chão

Pés descalços, cheios de barro e crestados

Sangrando, procurando calçados... em vão !

 

09/05/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Ser Poeta !...

Ser Poeta !...

 

O poeta já nasceu para sofrer

O sofrimento, faz parte do seu viver

Sua alma, é mais sensível no conviver,

Sentindo o dor da morte, sem morrer.

 

Ser poeta, é ser um Ser especial

Que deve sentir o inato e o normal

É um Ser multidimensional,

De senso e circunspeção racional.

 

Na terra que pisa, olha os caminhos

Chora na alma, a falta de carinhos

No espaço imenso, ele busca sozinho

 

Encontrar a palavra, a luz, o amor

O cheiro da vida, o cheiro da flor

Na sua visão, de artista promissor !

 

16/09/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Na cabeça criadora do Poeta

Na cabeça criadora do Poeta (soneto)

 

Na cabeça criadora do Poeta

Jorra a imensa idéia, irrequieta

Que em colossal plano se projeta

Como se fora, um mísero profeta

 

Ontem, hoje e amanhã, quiçá

- O que rola na inspiração mental

O poeta em versos transmitirá

Num salutar enleio especial

 

E nesse deleite profundo, magistral

Mesmo que a alma brade e o coração

Transmitirá o pensamento leal

 

- Porque o Poeta, não pode modificar

A sua inspiração transcendental,

Para em pálidas palavras... sufocar !

 

28/08/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Quérulo e descontente

Quérulo e descontente (soneto)

 

a alma a quem um dia confiaste

Teu amor e carinho eternamente,

Segue trilho diferente que pensaste

Enquanto tu, quérulo e descontente

 

Se possui-la, um dia acreditaste

A asa da pretensão, pra ti secou,

Se no abismo, abissal a lançaste

Jamais, a ti seu amor retornou

 

No deserto de idéias denegridas

Tenebroso oceano enfurecido

Vagas se levantam sacudidas

 

Em meio à solidão que te consome

Por não teres do teu seio sacudido

Aquela que jurou, usar teu nome.

 

29/08/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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