quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Mundo Torvo

Mundo Torvo 

No *dédalo **torvo da angústia e da agonia 
Desfaz-se em prantos na
***treda história 
De um amor selvagem a pobre Maria 
Quebrados os elos que a ambos unia 

Da turgência de seu seio bronzeado 
Que ao seu peito tantas vezes encostou 
Resta agora um macilento. O que sobrou 
Do seu corpo esguio. Hoje, dilatado 

Na fúria desmedida do destino 
Que esconde as faces ocultas do porvir 
Maria viu partir seu peregrino 

E a canoa o mar arrasta convulsivo 
Ao tom das vagas, ele parece sorrir 
- Perdeu a Maria, o que achava exclusivo 

*labirinto
**que  causa terror; sinistro
***falsa
São Paulo, 23/02/2010 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

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