sexta-feira, 14 de setembro de 2018

O vil engano



O vil engano 


Em taças de ouro, o vil engano bebe 
Do tempo mágico da vida encantado 
A carruagem, dos prazeres a todos serve 
Um homem de bem, em bruto é transformado 

Quem se deleita na posse do prazer 
Percorre uma estrada, só de descaminho 
O princípio é fim, cruel a padecer 
Arrostando ao temor de um fero espinho 

Quem lança mão dos deleites, manifesta 
Sua intenção de seguir o que não presta 
Volúvel de um homem sem firmeza 

Capaz de cair no abjeto laço infame 
Da torpeza, da impudicícia, do vexame 
Ao afastar-se voluntariamente da pureza ! 

Porangaba, 05/04/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

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SERÁ ! ..


SERÁ ! ...

Pé ante pé, com o coração partido
Fui até ti, para dar à vida outro sentido
Porém, ignoraste, será que pensaste
Está velho... não passa de um traste!...

E sem resposta afirmativa ou negativa
Continuas lado a lado em minha vida
Mal suportas a presença indefinida
Aguardando o despojo da partida

Aquilo que foi amor, forte paixão
Hoje virou vida sem definição
Perdidos os sentimentos de carinho

Segues hoje a trilha de outro caminho
E eu, sofro o amargor do teu desprezo
Até o dia em que feliz parta coeso

São Paulo, 25/04/2005
 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Aguenta coração !


Aguenta coração !


De dor em dor, tens meu coração partido
Amor, oh! Quanto amor mal entendido...
Ao longo dos anos, pensei já conhecer-te ...
Mas vejo coração, acabas de perder-te !

Fraqueza no querer, esforço em vão
Nova dor... a cada nova afeição !
Triste fim, extremo fim, meu amor
Tua perda... é o sofrimento maior !

Quando do bem, um pouco amor espero
Não me basta o querer, que tanto quero
Há sempre uma esperança que não vem !...

Fragmentos, desenganos, fantasias ...
Ledo engano, mais dor, desarmonias.
No fim, nada tem a perder, quem nada tem !

SP 28/11/2004 
(data da criação)
Armando A. C. Garcia

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terça-feira, 11 de setembro de 2018

Ego de esperanças perdidas (soneto)


Ego de esperanças perdidas (soneto)


Tu, que encheste meu ego de esperanças
Hoje não sei onde descarrego tais
Foram gratas, as felizes lembranças,
Hoje as procuro, e não encontro mais

Tu, que meu coração prazenteavas
Com teu alegre e lindo gracejar,
Era assim, que outrora enganavas,
P’ra com esse engano, me alcançar

E eu, em bruto transformado, não via
Que bebia num rio duvidoso
Aonde a natureza, às vezes cria

Um nefasto vírus infeccioso.
Nesse sorriso feliz, hoje jocoso,
Que de mim, tirou toda a alegria !

São Paulo, 14/10/2015 (data da criação) 
Armando A. C. Garcia 

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DESENCANTO ! (Soneto)

DESENCANTO ! (Soneto)


Desencantado, perdi o gosto pela vida
Na mesma desilusão a força de viver
Minha alma triste desfalece consumida
Na morte triste e densa do esmorecer

Transbordou a taça de pranto e agonia
Já nem sei quando quimeras aparências
Vendavais, tufões, explodem dia a dia
Precipitando fogosas impaciências

Inexoráveis fados, dias de amargura
Nem um raio de razão, louco intento
Meu estro sem talento, poesia impura

Destino, paixões perdidas... falsidade !
Vontades que ficaram, só meu tormento
Com o peito a gemer... nesta saudade !

São Paulo, 04/06/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Vagarosamente envelheceu


Vagarosamente envelheceu


Vagarosamente envelheceu
Conheceu a solidão, acordado,
E ao lado do sono se estendeu
Se apaixonou, sem nunca ser amado

Sem nenhum carinho, e sem ternura
Esvoaçou na idade, e o que sobrou
Não passou de momentos de ventura
Tão poucos, que nem os enumerou

Uma dor insolúvel e estranha
Se apoderou do seu ser e da alma
Que parece queimar as entranhas.

Fazendo-o sentir fisgadas lancinantes
Que não param, nunca param, nem acalma
- Coração apaixonado e conflitante

São Paulo, 05/09/2018 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Vivo num oceano,


Vivo num oceano,


Vivo num oceano, que me queima,
Tristes caminhos, rasgando meus versos,
Que sobre as ondas caminham dispersos
Decerto, viver deste jeito é uma toleima

Vencido e mil vezes desejando
A morte, tão estranha e honrosa
A esta vida, fingida cor de rosa,
Que mil segredos a dedo foi pintando

Nas entranhas da trama a solidão
Que o silêncio inacabável mudou
Num gesto desigual ao que passou

Empurrando pra longe o coração,
Escondendo no horizonte a lucidez
É isso, que ela fez, com sordidez !

São Paulo, 04/09/2018 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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