quinta-feira, 23 de fevereiro de 2023

A adversidade

A adversidade

 

Esvaneceram-se suas esperanças

Depois de longo tempo a esperar

O delírio da imaginação a flutuar

O fez perder nas eternas lembranças.

 

A lucidez diante da realidade

Traça-nos indecifráveis caminhos,

Onde além de raros os escaninhos,

Neles, o coração guarda a amizade.

 

No estrugir da intensa tempestade

Que assola de dor o pobre coração

Pulsando diferente, sem reação,

 

O deixa perplexo e hesitante

Sentindo imensa dor alucinante

Cai, desfalecido pela adversidade !

 

Porangaba, 10/02/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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A jararaca

A jararaca

 

 

A jararaca serpenteando, foi atingida

Na cabeça triangular cheia de presas

Do cenário, finalmente foi varrida

E nem se diga que foi pega de surpresa,

 

Como a cauda dos cometas, cambaleando

Silenciosamente chegou ao fundo do abismo

E no escuro, ela fica tateando

E de nada lhe valeu o seu sofismo.

 

As grandes luzes do silêncio acenderam,

A jararaca é de fato encurralada

Nem seu veneno nem presas lhe valeram,

 

Para escapar do cajado da paulada

Porque nela choveu forte dos que puderam,

Acertar na sua cabeça a cajatada  !

 

 

São Paulo, 17/03/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia         
                                              
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Amor; (soneto)

Amor;  (soneto)

 

se é que esta palavra tem sentido

após intensa vivência amorosa,

como forma de sublimar o indefinido

de um momento pleno, cor de rosa

 

projeção impar da síntese perfeita

no apogeu magnético do amor
quando a palavra amor, se estreita,

dando lugar à rival, chamada dor !

 

sonhos projetados esvoaçando no ar.

no voo dum pensamento intermitente

alçado à lúbrica ceia, vagamente !

 

e sem nenhum sentido pude ver-te

dormindo descansando o semblante

temendo, na incerteza de perder-te !

 

 

São Paulo, 10/06/2016 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

Resido na via-láctea

Resido na via-láctea

 

Sou sombra perdida, dum passado errante

Longe das ilusões, do fausto das primaveras,

Resido na via-láctea em nuvens de quimeras

Perdido nos sonhos, das cinzas dum gigante !

 

Em manto clemente, repouso alma sonhadora

Onde um dia, há de dormir o sono eterno

E nesse manto de amor o Criador paterno

Há de, pelo ideal sagrado, levar-me à nova aurora

 

A luz da vida, é como a do sol ao entardecer,

Vai morrendo... até encontrar a escuridão

- Ao oposto da criatura que ao nascer,

 

Tudo é luz, fanal de claridade, esperança

Um seio de amor, ternura e afeição,

Nas asas da ventura, que não se cansa !

 

São Paulo, 04/02/2017 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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domingo, 19 de fevereiro de 2023

Cetíneas bocas

Cetíneas bocas

 

 

Inocentes sonhos, lindas fantasias

Lampejos esculpidos em devaneios

Quimeras  utópicas, mil alegrias

Delírios incontidos, mil anseios

 

Cetíneas bocas, por momentos minhas

Onde andais caladas; nem dais sinais

Fazeis verão, igual às andorinhas...

Só que elas voltam. Mas vós, não voltais

 

Os quentes beijos jamais poderei esquecer

Hei-de morrer sonhando feliz, contente

Ao sentir vosso calor se desprender

 

Nesta saudade viva, permanente

Onde outrora no seu enrubescer

Juravam amar-me eternamente !

 

São Paulo, 03-09-2017 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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As oscilações ... (soneto)

As oscilações ... (soneto)

 

As oscilações perfunctórias da vida

Com sacrifício inaudito venci

Sempre mantive o meu amor por ti

E, sem ter-te, és a minha preferida

 

Amor, na eterna e mansa mansuetude

Fosse a vida realmente o que não é,

Teu desamor, foi o primeiro pontapé

Que levei de tamanha magnitude.

 

No polo da mentira estonteante

De um ato impensado e delirante

Lançaste no opróbrio meu amor

 

Em deletéria anomalia contumaz

Que a ira e a raiva sempre traz,

Afastando, para sempre nosso amor !

 

São Paulo, 11/11/2015 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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sábado, 18 de fevereiro de 2023

Ainda que assim não fosse

Ainda que assim não fosse 


Ainda que quisesse que assim não fosse 
A força do destino me conduz. 
O sabor da amargura não é doce 
Assim, tenho que carregar minha cruz 

Vê com brandura, minha posição 
Nas aspérrimas estradas da vida 
Por clemência, afasta esse mau fado 
Que deixa minha alma constrangida 

À luta, antepõe tua mansidão 
Com teu manto cobre meu infortúnio 
Deixo minhas dúvidas em tua mão 

Os arrogantes queixumes, cedo ao fado 
Rebatendo o curso deste desvario 
Nos tácitos favores do desventurado ! 

Porangaba, 23/04/2013 
(data da criação)
Armando A. C. Garcia 

 

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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

... DO ROSTO DA DONZELA !

... DO ROSTO DA DONZELA !


Eis o que sobrou do rosto da donzela
Turva náusea que a mascara dissimula
Envelheceu tão de repente, qual mazela
Que tirou dela, seiva que a estimula

Seus olhos pálidos, macilentos, sem brilho
Já estrangulada na garganta sua voz
Para abafar o nefasto espartilho
Força invisível que lhe sustenta o cós

Dos encantos da adolescência desprovida
- Das púrpuras eras foste esquecida
Hoje, por piedade, alguns te dão bom-dia

Sem exprimir ternura, nem mesmo alegria
Insólita ruína, extensão da sina dorida
O esvoaçar da idade no sonho se estendia

São Paulo, 06/03/2009 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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terça-feira, 14 de fevereiro de 2023

Celebrar a vida !

Celebrar a vida !

 

Celebrar a vida suavemente, é voar

Na felicidade, e exultar de alegria

Ter o peito na plenitude do amor

Sentir renascer a vida, dia após dia

 

Deixar o tempo florir sem receio

Dar força e beleza a toda juventude

Com a mente voar num subitâneo enleio

Agradecer a Deus, pela altiva atitude

 

Seja puro e altruísta vosso pensar,

Celebra vencedor a pesada conquista

E jamais um grande amor, a desprezar

 

Que altivez e brio ilumine a razão,

A que um fúlgido verso, não resista

Nem tampouco, o teu pobre coração !

 

São Paulo, 14/02/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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sábado, 11 de fevereiro de 2023

Os pensamentos !

Os pensamentos !

 

Os pensamentos flutuam à deriva

E no prateado bailado das idéias

Na visão imaginária sempre ativa

Vou cuidando, e modelando suas teias

 

Fragmentos profundos avivados

Como que soprados misteriosamente

Na mente, quais espelhos encantados

Refletindo as imagens, subitamente

 

Sentimento composto de fragmentos

Que refletem uma imagem surreal,

Na concepção do nosso pensamento,

 

Qu’enigmaticamente se abriga na mente,

Esvoaçando entre o real e o irracional

A provocar estranheza, certamente !

 

 

São Paulo, 10/02/2023 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

O Hoje !

O Hoje !

 

O Hoje é o dia mais importante em sua vida

Porque ninguém sabe se o amanhã chegará

O hoje, é a expressão dos sentidos, é a lida

É a alegria, o privilégio que a vida nos dá

 

É a esperança, o presente da vida, o prazer

A satisfação, o aprazimento, o deleite

A felicidade, o contentamento de viver

Hoje, é a vida esplendendo seu enfeite !

 

Aproveite o hoje, enquanto hoje, é hoje

Não espere por um amanhã improvável

Certamente... é claro que a vida foge...

 

Não perca o espetáculo, que o hoje oferece

Abuse de sua ventura, de sua felicidade

Porque um dia, sem o Hoje, sua alegria fenece !

 

10/02/2023 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Resido na via-láctea

Resido na via-láctea (soneto)

 

 

Sou sombra perdida, dum passado errante

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Resido na via-láctea em nuvens de quimeras

Perdido nos sonhos, das cinzas dum gigante !

 

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E nesse manto de amor o Criador paterno

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Vai morrendo... até encontrar a escuridão

- Ao oposto da criatura que ao nascer,

 

Tudo é luz, fanal de claridade, esperança

Um seio de amor, ternura e afeição,

Nas asas da ventura, que não se cansa !

 

São Paulo, 04/02/2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

 

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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023

Na mão de Deus (soneto)

Na mão de Deus (soneto)

 

Na mão de Deus depositei a esperança

E foi nessa âncora de fé e confiança

Que encontrei a paz nesta existência

Unida à força psíquica da consciência

 

Na imensidade dos mundos perplexo

Nosso espírito os habita genuflexo

Ante o incomensurável poder Divino

Que na essência da alma descortino

 

Guardarei na Sua mão eternamente

Os mimos de magnitude e esperança

Que ao longo da vida fez semente

 

Nas lições d’amor do Grande Professor

Que veio ao mundo proceder a mudança

Trazendo a aliança do Redentor !

 

20/07/2014 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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Deus é o amor (soneto)

Deus é o amor  (soneto)


A imensidade de Deus, é o amor 
Clarão de luzes, na alma e sentidos 
Uns, o chamam, cantando seu louvor 
Outros, em prece silenciosa, movidos. 

Nessa fonte de amor inesgotável 
Nela transborda o galardão divino 
O fulgor adquirido inigualável 
Faz da oração o voto genuíno 

Sua alma, sentidos e coração 
Uníssonos no desejo de louvar 
Abertos ao imortal artesão ! 

Buscam na fonte do amor saciar 
A sede que retrai a vitalidade 
Levando a alma à erraticidade. 

Porangaba, 16/02/2014 (data da criação)
Armando A. C. Garcia 

 

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