quinta-feira, 27 de julho de 2017

Desilusões de amor,

Desilusões de amor,


Desilusões de amor, enfados da vida
Numa existência cansada, vencida
Num senso ignoto, humilde, obscuro
De quem não crê na realidade do futuro

No meu peito, há um coração que sofre
As agruras ingênitas duma estrofe,
E nessa amargura padecente aprimora
Os ensinamentos e preceitos doutrora.

Desilusões de amor... quem as não teve ?
É um fardo bem pesado, sendo leve,
O peito implora a volta à imensidão.

Será que nas preces, ouves meu lamento
Ou o confundes com o soprar do vento,
Num momento místico da oração !

São Paulo, 25/07/ 2017 (data da criação) 
Armando A. C. Garcia

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domingo, 9 de julho de 2017

No pungir dos desejos

No pungir dos desejos


A dor moral no pungir dos desejos
Feriu de morte o pobre coração
Castigo, de ciúmes malfazejos
Quando o amor não passa duma feição.

No desespero inútil desta tortura,
Aguarda nesta vil expectativa,
Voltar a vê-la, talvez seja loucura
Mas sem ela, perde o sentido a vida

No instante de sonhar o pensamento
Vê a todo momento, sua imagem
O  que só aumenta seu sentimento,

Que não olvidou a frágil figura
Sem ver que nesta vida a coragem
Não é, de uma ingênua aventura !

São Paulo, 09-07-2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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Impercebida,

Impercebida,


Impercebida, guardo tua lembrança,
E nesta vaga chama a passo lerdo,
Vivo meu triste luto na confiança  
Que da indulgente complacência herdo.

São saudades inconsequentes minhas
Estas lembranças, reminiscentes
São chama que não se apaga sozinha
Pelos atributos inconsequentes

Sofro nesta ilação impercebida,
A inferência imediata de te ver
Pois, o que eu padeço nesta vida

É uma reminiscência percebida,
Que de impercebida queria abster
A lembrança para sempre querida !

São Paulo, 09-07-2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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sexta-feira, 7 de julho de 2017

Aquele silêncio

Aquele silêncio


Aquele silêncio que em sombras arde
Queima seu peito numa tristeza só
Como se envolto em virtual alarde
Percorrendo os caminhos de Jericó.

No engenho e arte, deste silêncio
Profunda angustia de si se apodera
Mas num incógnito senso, tem calafrio
Ao saber-se fora da atmosfera !

Onde viveu neste exílio, fora d’casa
Na paz sublime que ora, estertora
Qual estrela cadente lúgubre, sem asa,

Circundando o espaço, de sombra inunda
O firmamento, e só a sublime aurora
Pode tirar a terra da escuridão profunda !

São Paulo, 07-07-2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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quinta-feira, 6 de julho de 2017

Procura imanente

Procura imanente


Com a alma alhures, eu te procuro
Não estás onde busco, ou outra parte
É procurar agulha no escuro,
Ou sou estéril no engenho e arte.

Inconsequente esta busca minha
Procura imanente que antecipa
O aprendizado que me detinha
No estágio de amor que participa,

No clima de paz, no ar da montanha
Num céu azul duma profunda calma
Colado à saudade que me acompanha.

Se hei de viver da saudade, como sinto
A esperança que vivifica a minh’alma
Tirar-me-á do lutuoso labirinto !

São Paulo, 06-07-2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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terça-feira, 4 de julho de 2017

Sou uma sombra

 Sou uma sombra


Sou uma sombra que no mundo passa
Projetada no espaço sem luz
No contorno de uma figura laça,
Capaz de prender a sombra que seduz

E nas sombras de um corpo opaco
Vou carregando minha sina e cruz
Sem teu bisonho amor, sinto-me fraco
E somente a saudade me conduz.

Nem a linda primavera florida
Pode domar a sombra desta saudade
Que se apoderou de minha vida

E me acorrentou á vil nostalgia
Desde a tenra e branda mocidade
Quero crer qu’essa sombra, é ousadia !

São Paulo, 03-07- 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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O velhinho desvalido

O velhinho desvalido


Está ali, naquele quartinho isolado
O velhinho desvalido, desprezado,
Foi um desvalido da vida, e da sorte
Que tal feito, não ocorra na morte !

Perdeu a valia o velhinho infeliz
Perdeu na vida o que sempre quis,
E neste infortúnio, nesta desdita
Roga ao Criador que não se repita

Este seu sofrimento cruel, atroz
Que falando, parece não ter voz
E caminhando, tem jeito de parado

O velhinho aparenta estar só.
-  Num pequeno quarto que dá dó,
Mas por Deus, está sempre amparado !

São Paulo, 03-07- 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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segunda-feira, 3 de julho de 2017

No quarto da solidão

No quarto da solidão


Nas sombras do quarto da solidão
Voa dentro de si uma saudade
Que enxovalha o pobre coração
Envolto numa triste ansiedade

Coberto p’las sombras, injuriado
Não restou outra saída no caminho,
Cansado de tanto ser maltratado
Sem amor, sem afeto, sem carinho

Enfrentou seu ódio, seu rancor.
Ao invés de dar-lhe amor e carinho
Ele sempre foi tratado com furor.

Vive, agora, no quarto da solidão
Morando junto à pobre saudade
Com uma imensa dor, no coração !

São Paulo, 02-07- 2017 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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