domingo, 26 de junho de 2016

Eu e a Coruja !

Eu e a Coruja !


O relógio apontava uma hora da manhã
Acordei com um barulho muito intenso
Fortes batidas nos vidros, coisa estranha
Acendi a luz, então o barulho foi imenso

Abri uma das portas, da sala ao varandão
Deparei-me, nada mais, e nada menos
Com uma senhora coruja, que com razão,
Buscando a liberdade, projetava-se nos vidros

Numa dessas arremessas foi de encontro
Á porta de vidro, que lhe antecede uma de ferro,
Enroscando-se entre ambas, tentei sem confronto

Retirá-la do local, antes, se desenvencilhou    
Projetando-se no vidro oposto, caindo ao chão
Tentei pegá-la. Voou, saindo por onde entrou !

Porangaba, 26/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
                                                            
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sábado, 25 de junho de 2016

Os indigentes !

Os indigentes !


Por habitação o albergue das calçadas
Mal se distinguem dum monte de entulho
Iguais caveiras, nas ruas estiradas;
No frio inverno, que ronda o mês de julho.

Homens sem lei, cidadãos sem patrono
Que têm por teto o céu, por base a terra,
Do governo, têm apenas o abandono,
Por ser uma parcela que não berra  !

No silêncio mais profundo, como um sono,
Vivem na mísera condição de excluídos
São a própria síntese dos sem lei, sem dono

Nosso governo, emerge com eles no mesmo sono
No palácio da sorte, são confundidos
Como sendo eles, filhos de outro trono !

Porangaba, 25/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
                                                             
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Sem saber o que escrever

Sem saber o que escrever


Longe das musas, sem saber o que escrever      
Sinto-me, tal como um peixe fora d’água
Penso e não sei, o que devo, ou não dizer
Só não piso na lama, se ponho o pé na tábua

Entre várias idéias e inclinações
Não sei se busco a de ideal firmeza
Na mudança, que muda as opiniões
Defeito comum em minha natureza

No invariável movimento, não descansa           
A inconstância prima deste vil desejo
Não há no mundo maior insegurança

De que sem ter o que dizer, querer escrever
Por isso, ante vós penitencio este bocejo
Estejam certos, não tinha nada pra dizer !


Porangaba 25/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia
                                                             
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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Amor;

Amor;

se é que esta palavra tem sentido
após intensa vivência amorosa,
como forma de sublimar o indefinido
de um momento pleno, cor de rosa

projeção impar da síntese perfeita
no apogeu magnético do amor
quando a palavra amor, se estreita,
dando lugar à rival, chamada dor !

sonhos projetados esvoaçando no ar.
no voo dum pensamento intermitente
alçado à lúbrica ceia, vagamente

nos *paroxismos que o desejo faz criar
no **hipocondríaco cérebro sedente
do amor, que ame, verdadeiramente !
                               *exaltação máxima de uma sensação
                                             **tristeza profunda; melancolia

São Paulo, 10/06/2016 (data da criação)
Armando A. C. Garcia


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