quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Dói-me ver-te

Dói-me ver-te 

Dói-me ver-te com a alma entalhada 
Entre as efêmeras teias da mentira 
A natureza espiritual estraçalhada 
Tal sombra perdida, que não se retira 

Conquanto a dardejares impropérios 
Blasfemando imprecações duvidosas 
- Não te trarão alívio, ou refrigério 
Enquanto tuas obras não forem virtuosas 

Dói-me ver-te no ancoradouro do destino 
Qual barco sem forças de singrar o mar 
Que fica atracado no cais e sem tino 

E que de lá não sai, nunca, nunca mais. 
Esquecendo que seu destino é navegar. 
Não quero mais ver-te, ancorada nesse cais ! 

Porangaba, 14/06/2013 
(data da criação)
Armando A. C. Garcia 

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