quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Implorou a Deus !...

Implorou a Deus !...


Ferida, já a alma sucumbia
Aos grilhões fatais do além
Qu’sem temor, ou piedade, descaída
No *ebúrneo leito aquela pobre mãe

E no extremo fervor de sua crença
Entre suspiros, lágrimas, orações
Já carcomida pela letal doença
Implorou a Deus pelos seus perdões

Quem a viu implorar morreu de pena
Murchou-se, era uma flor de beleza
A **dapsona já não tinha a natureza

Defesa imunitária ao bacilo plena
Para evitar a disseminação serena
E reanimar, rejuvenescer sua fraqueza.

*alvo: da cor do marfim
** sulfona para tratamento da hanseníase (lepra)    
São Paulo, 22/09/2011 (data da criação
Armando A. C. Garcia

Direitos autorais registrados
Mantenha a autoria do poema


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