quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Falando de Amor (soneto duplo)

     Falando de Amor
                  (soneto duplo)

     É inútil querer fingir que não te amo
     É tão fútil como um frágil desengano
     Ato malcontente dum amor profundo
     Estranho desatino a complexar o mundo

     Bem que eu poderia, qual um moribundo
     Nos fúnebres lamentos, últimos segundos
     Esquecer-me de ti, de tuas feições primor
     Não lembrar-me mais de meu imenso amor

     Assim não quer a vida, a paixão tem preço
     O triste pagamento, é tudo que mereço
     A dor da saudade, é minha companheira

     O tempo implacável, traga-me a ilusão
     Como a devorar-me a alma e o coração
     Tu, foste o sonho, que sonhei a vida inteira

                    II

     Fogem-me os sentidos, em busca de espaço
     Noite e dia, vejo em você, meu fracasso
     A cada dia que nasce, renovo a esperança
     Mas tu não retornas, tua ausência cansa

     A cada manhã, desabrocha o meu sonho
     Devastado pela solidão, vivo tristonho
     Cruel solidão, que aporta este mundo
     Ansiedades, angustias, são panos de fundo
    
     Inesquecível lembrança, profundo amor
     Imenso vazio, tristeza, aflição e dor
     Só um conto de fadas, dará outro rumo

     Navegando meus sonhos em tuas fantasias
     Voltarei a sorrir, e a viver harmonias
     Ternura infinita, contigo, me aprumo

     São Paulo, 29/01/2012 (data da criação)
     Armando A. C. Garcia

      Direitos autorais registrados
      Mantenha a autoria do poema


Nenhum comentário:

Postar um comentário