quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Desnudo

Desnudo

Desnudo de pudores e de intenções
Como te dizer das que em mim habitam
Como te falar, se emoções palpitam
Cheio de lembranças, de recordações,

No alvoroço, o desejo consumido
Pelo fruto gerado do saber
Qual fonte que mitiga sede e prazer
Restituindo ao nada, um sentido

Olvidando o reflexo da saudade
Numa ausência mal assimilada
O desejo se repete e me invade

Na vasta solidão do meu destino
Minha alma fica triste acabrunhada
No espelho onde não me descortino

São Paulo, 15/09/2006
 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

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