quarta-feira, 7 de outubro de 2015

... Do Rosto da Donzela !

... Do Rosto da Donzela !

Eis o que sobrou do rosto da donzela
Turva náusea que a mascara dissimula
Envelheceu tão de repente, qual mazela
Que tirou dela seiva que a estimula

Seus olhos pálidos, macilentos, sem brilho
Já estrangulada na garganta sua voz
Para abafar o nefasto espartilho
Força invisível que lhe sustenta o cós

Dos encantos da adolescência desprovida
- Das púrpuras eras foste esquecida
Hoje, por piedade, alguns te dão bom-dia

Sem exprimir ternura, nem mesmo alegria
Insólita ruína, extensão da sina dorida
O esvoaçar da idade no sonho se estendia

São Paulo, 06/03/2009
(data da criação)
Armando A. C. Garcia

Direitos autorais registrados
Mantenha a autoria do poema


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