quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Das arestas das penhas

Das arestas das penhas 

Nas tuas fantasias suspirando 
Caminhei pela estrada soluçando 
Das arestas das penhas escarpadas 
Rolei as dores das tuas punhaladas 

Movendo folhas dos dias expirados 
Senti-me como barcos arrastados 
E sem rumo na imensidão do mar 
No influxo das marés sob o luar 

Quebrantado pelo amor fantasia 
Rebentam aflições no peito duro 
Tantas que, do *acerbo sofrer **conjuro 

Dia ou noite, no peito as trancaria 
Fugindo para sempre no escuro 
Ao invés de ficar em cima do muro ! 

*amargo 
** esconjurar
 
São Paulo, 03/04/2013 
Armando A. C. Garcia 

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