sábado, 26 de dezembro de 2015

A uma senhora !

A uma senhora !

A ausência me livrou da contingência
De ver teu rosto murchar, minguando
Pela incoercível degenerescência
Da regra, que no mundo tem seu mando

E a matéria outrora bela inigualável
Hoje, é tal ave noctâmbula
Passeando com rosto murcho miserável
Só, na noite escura qual sonâmbula

Triunfo passageiro, cilício, aflição
Nos segredos insondáveis da memória
Ficou gravada sua imagem no coração

Ver as fases da beleza, hoje irrisória
Melhor evitar o precipício em vão
Deixando nos meus versos a vanglória !

São Paulo, 02/10/2008 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

Direitos autorais registrados

Mantenha a autoria do poema

Nenhum comentário:

Postar um comentário