domingo, 10 de janeiro de 2021

Último Adeus

Último Adeus

 

Não posso calar meu pobre coração

Sem expressar a mágoa que em si encerra

Só ela sabe que consigo, também leva

Senão imenso amor, uma profunda afeição

 

Que no etéreo lugar p’ra onde partiste

Tenhas tu as venturas que te não dei

Encontres finalmente a paz que creditei

A teu favor na eterna morada aonde existe

 

Enquanto carpindo a minha dor, eu fico triste

De ver-te partir tão cedo descontente

Repousa em paz, teu caminho é o nascente

Enquanto o meu, rumo diferente ao que seguiste

 

Que lá na etérea morada ao recordar-me

Tenhas piedade das faltas que cometi

E relembre com saudade a ventura que vivi

Por estar a teu lado. Se tal puderes lembrar-me.

 

Armando A. C. Garcia

São Paulo, 13/01/2000

04,40 horas

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