O Preto Velho
Ele estava ali à sua porta sentado
Num rústico banco de madeira
Imóvel, vendo o povo atarefado
E, assim, passava a tarde soalheira
Sua idade nem ele mesmo sabia
Era negro, não porque ele queria
Viera da África, não sabe o dia
Tinha recebido sua alforria
Imóvel qual estátua se sentava
À porta do casebre onde vivia
Ninguém sabe até hoje o que pensava
Nem tampouco o que mais ele fazia
Só, todo o mundo o via a cismar...
Talvez de saudade, do país além mar !
São Paulo, 26/04/2005 (data da criação)
Armando A C. Garcia
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