Vingar-me-ei
!
De
tão frágil, o amor que prometeste
Durou
pouco, muito cedo se acabou.
Foi
igual às flores, que um dia tu me deste
Numa
semana, o seu viço terminou.
Eterno
amor, dizias tu, nessa conquista
Qu’não
passou de inconsequente aventura,
Depois
que me usou, nem disse... até à vista
Esqueceu
logo, desse momento de ventura.
De
ti, conservo no peito, só amargura
Que
guardarei num escrínio pequenino
Até
que possa levar à tua sepultura.
E
junto ao pó dessa múmia, depositarei,
O
pó do escrínio, guardado em meu destino
E
assim, de teu espírito, vingar-me-ei !
São
Paulo, 21/01/2017 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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