Na árvore morta ...
Na
árvore morta, sem vida eu vi...
Não
sei se uma flor, ou um anjo,
Um
pássaro, um ninho, ou um arcanjo.
Mas
que na árvore morta, tinha vida eu vi!
Por
entre os galhos secos, sem folhas,
Já
sem seiva, do tronco carcomido,
Eu
vi, lá um ser sobrenatural temido
Com
os olhos esbagulhados que me olhas,
Mas
que a árvore morta tinha vida, eu vi!
E
que essa vida não é morta, também vi,
Vez
que de cada um, só o corpo morre.
A
alma se desprende, mas não morre,
Passando
a viver, a vida que fez aqui.
De
acordo com a bagagem que leva em si!
São Paulo, 20/02/1965 (data
da criação)
Armando A C. Garcia
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