Lírios !
De
majestosos jardins imperiais
Por
alvas mãos de fada foram colhidos
Quando
ao raiar da primavera, floridos
Desabrocharam
os belos lírios ancestrais.
E
os buquês, em frondosas jarras de cristais
Tornaram
os lúgubres palácios coloridos
Que
os grandes salões de oiro revestidos
Apagavam-se
ante as belezas naturais !
Até
que um dia esses lírios tão reais
Secaram,
por mais ninguém foram queridos
Mas
sim jugados em pútridos matagais.
Como
os lírios, não queirais vós ser, jamais.
Sede
vós antes humildes e comedidos,
Para
não serem da alma o lixo que encarnais !
São
Paulo, 27/02/1964 (data da criação)
Armando
A. C. Garcia
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