domingo, 28 de julho de 2024

O Cerne da vida !

O Cerne da vida !

 

O Cerne da vida, é a própria vida

Atroada de saudades divididas,

Na irrisão, que no fado é consentida,

Na réstia de esperanças suprimidas !

 

Nesse tudo, que na verdade é pouco

Face à nostalgia causada p’lo anseio

Do sonho, à deriva do vento louco

Qual quimera, forjada no arquivo.

 

Com o meu coração tão dividido,

Entre a razão e o querer incerto,

Que se trava nas escarpar do deserto.

 

Furtando a esse tudo[AG1] , a luz que redime.

E que o coração magoado oprime,

Ao transpor a curva, que a sombra declina!

 

São Paulo, 20/07/2024 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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 [AG1]


segunda-feira, 15 de julho de 2024

Na árvore morta ...

Na árvore morta ...

 

Na árvore morta, sem vida eu vi...

Não sei se uma flor, ou um anjo,

Um pássaro, um ninho, ou um arcanjo.

Mas que na árvore morta, tinha vida  eu vi!

 

Por entre os galhos secos, sem folhas,

Já sem seiva, do tronco carcomido,

Eu vi, lá um ser sobrenatural temido

Com os olhos esbagulhados que me olhas,

 

Mas que a árvore morta tinha vida, eu vi!

E que essa vida não é morta, também vi,

Vez que de cada um, só o corpo morre.

 

A alma se desprende, mas não morre,

Passando a viver, a vida que fez aqui.

De acordo com a bagagem que leva em si!

 

São Paulo, 20/02/1965 (data da criação)
Armando A C. Garcia

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sexta-feira, 12 de julho de 2024

A Noite !...

A Noite !...

 

Quando a noite vejo chegar, quieta e muda,

Sinto um torpor, uma frieza sepulcral

Que só se esvai, quando a aurora matinal

Rasga essa quietude que nos aturda.

 

A noite, essa escuridão tão imensa

Pode ser um labirinto de tristezas,

Ou, então, o porvir de todas as belezas

Que se acham nessa escuridão tão densa.

 

Pode ser o balsamo, ou o pólen da flor

Pode ser a inspiração dum verso do poeta

Pode ser a alegria de mãe, ou a grande dor.

 

O refúgio ou a conversão dos pecadores,

Quando os arcanjos tocam sua corneta,

E nos carregam deste mundo – Senhores !

 

São Paulo, 26/02/1964 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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quarta-feira, 10 de julho de 2024

O retrocesso da vida !

O retrocesso da vida !

 

Hoje, um farrapo humano abandonado,

Na miséria, sem conforto, sem esperança,

Tem a alma, quanto o corpo esfarrapado,

Pela vida escravizado sem bonança.

 

Tem o sol, por agasalho principal

À noite, o céu e as estrelas como teto,

Dormindo ao relento estirado no umbral

Da porta de um palácio de um bisneto.

 

Já fora rico, poderoso, opulento,

De tudo isso, hoje, porém, não resta nada

Além da lembrança de um misero avarento.

 

Que não fez nem um asilo, ou um convento,

Onde teria hoje sua velhice amparada,

E não jogado pela vida ao relento.

 

S.P. 01/03/1964 (data da criação)
Armando A. C. Garcia

 

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Lírios !

Lírios !

 

De majestosos jardins imperiais

Por alvas mãos de fada foram colhidos

Quando ao raiar da primavera, floridos

Desabrocharam os belos lírios ancestrais.

 

E os buquês, em frondosas  jarras de cristais

Tornaram os lúgubres palácios coloridos

Que os grandes salões de oiro revestidos

Apagavam-se ante as belezas naturais !

 

Até que um dia esses lírios tão reais

Secaram, por mais ninguém foram queridos

Mas sim jugados em pútridos matagais.

 

Como os lírios, não queirais vós ser, jamais.

Sede vós antes humildes e comedidos,

Para não serem da alma o lixo que encarnais !

 

São Paulo, 27/02/1964 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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domingo, 7 de julho de 2024

Mansamente !!!

Mansamente !!!

 

Mansamente, trago dentro de mim

Saudade dum amor que não tem fim,

- Foi sonho que fez sorrir e chorar

Mistério disperso a lastimar !

 

Foi o sonho lindo de um momento,

Forte emoção de puro sentimento,

Ou momento esparso, tortas direções

Movimento do vaivém d’oscilações.

 

Aquele olhar que brilhou, altivo e forte

Não foi cinza que o vento leva ao ar,

Mas forte paixão, d’quem está a amar.

 

Para mim, era a mais linda e a melhor

Quantas vezes, seu amor hei de lembrar

Tantas quantas, minh’ânsia questionar !

 

07/07/2024 (data da criação)

Armando A. C. Garcia

 

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